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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

O preço da paz interior

"És muito inflexível".
"És egoísta".
"És muito individualista".

É costume ouvir isto com frequência? Ou já ouviu uma outra vez estás afirmações? Como lidou ou geriu a situação?

São conotações, acusações ou rótulos pontuais ou regularmente atribuídos e confundidos com autopreservação e amor próprio.
Infelizmente, nem todos possuímos inteligência emocional para entender ou compreender a diferença entre os pólos extremos do que é impor limites pessoais para o autocuidado e o oposto disto.
Independente das opiniões, desde que não ofenda e magoe o outro, é importante colocar uma baliza no que devemos tolerar provindo do exterior.
Para além deste cuidado interno é também, relevante dar atenção aos possíveis sentimentos de culpa por tomar decisões e assumir esta necessidade: de se afastar do que é nocivo, de dizer "Não", quando é prioridade.
A assertividade interpessoal dá lugar a uma paz interior natural. É este o culminar de um processo de "limpeza" emocional.

Posto isto, reformulando o enquadramento inicial:
"És muito inflexível". Sou flexível com as minhas necessidades e opiniões.

"És egoísta". Sou grata e partilho quando sentir que o posso fazer.

"És muito individualista" Sou um ser que evolui e crio o meu próprio processo de desenvolvimento.

O bem estar pessoal não tem preço ou valor substituível. A paz interior quando alcançada, é difícil de abdicar, pois só quem o consegue atingir, sabe o sacrifício e custo interno.

Antes de nos dirigirmos a alguém para julgar, é importante saber de antemão, qual é a história daquela pessoa.
Quando ouvirmos julgamentos, é importante informar o porquê de tal comportamento.
Assim seria possível, idealizar e concretizar relações mais saudáveis.