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quinta-feira, 29 de março de 2018

Reabilitar o Amor-Próprio e a Auto-Estima


Quando nos amamos e amamos o que fazemos, a autoconfiança aumenta, reagimos positivamente face ao que nos rodeia, somos mais proactivos, produzimos mais serotonina, (hormona da felicidade), lidamos melhor com dificuldades e desafios que surjam.
Para se conquistar amor-próprio, não significa que os desejos são sempre realizados. A auto-estima faz com que as pessoas actuem positivamente, saibam fazer o auto-elogio, consigam incentivar-se e motivar-se a seguirem em frente e a não se auto-destruírem e se auto-sabotarem.
amor-próprio é o que nutro por mim, a auto-estima é a manutenção constante desse amor-próprio.
Antes de iniciar o processo de reabilitação ou de implementação deste dois elos fundamentais do EU, é necessário questionar o que nos impede a existência ou presença deste amor incondicional.
As perguntas fulcrais são:
  • O que faz com que tenha tanta dificuldade em amar-me e aos outros não?
  • De que forma posso dispor de mais tempo para mim e não para os outros?
  • Até que ponto faço ou gosto de fazer coisas para mim e sozinho, sem medo de estar sozinho?
  • Quão importante é o cuidado com a minha mente e o meu corpo?
  • Dou importância aos problemas que surgem no meu corpo? E os emocionais?
  • Quando tenho um problema a quem recorro? Porque não recorro a mim mesmo para obter essa ajuda? O que é que me falta?
A resposta que encontrar para cada pergunta deverá ser o ponto de partida para uma viagem de auto-descoberta, não se deve ter medo do que se vai descobrir. Mais vale encarar os receios de frente, agora, e reiniciar sem dúvidas dos desafios que surgirão.
Outro problema que surge no âmbito do amor-próprio é que infelizmente não existem recursos emocionais ou não se sabe como activá-los, e acaba-se por recorrer a outras pessoas, vícios ou actividades menos saudáveis para se evitar lidar com o problema em causa.
“O desafio é encontrar formas de se amar ou tirar prazer da sua própria companhia!”
É importante perceber, que não é egoísmo tirar tempo para si! Fazer uma pausa do resto ou dos outros é fundamental. Isto é auto-estima: gostar de si mesmo e agir como tal.
Quem gosta de si mesmo faz tudo por si e depois pelos outros, porque aprendeu o que é amar. Quem se ama, também tem mais capacidades para amar os outros.
Sugiro então alguns passos para se recuperar este amor pelo EU:
– Encontrar ou descobrir quais as paixões pessoais: actividades lúdicas, lazer, físicas, artísticas ou criativas e até mesmo, espirituais.
Caso não se saiba identificar rapidamente do que se gosta, podemos começar por listar essas actividades, repescar alguma coisa que se tenha feito no passado por exemplo. Imaginar quais as coisas que ainda não foram feitas e estão pendentes. Para este exercício, convém ter um papel e uma caneta e rabiscar ou fazer um brainstorming.
– Enquadrar estas actividades na agenda semanal, calendarizar as paixões entre as tarefas diárias, por exemplo, intercalando semanalmente para não se tornar monótono ou repetitivo.
Atenção ao seguinte:
  • Verificar se há riscos ou algo contra a realização de algumas dessas actividades.
  • Hierarquizar por ordem de prioridades (tempo, dinheiro, preferência, facilidade, etc).
  • Conviver com pessoas com os mesmos ideais!
  • Controlar a saúde, fazer consultas e exames de rotina.
  • Higienizar a mente, focar em aspectos positivos e ter pensamentos clean!
  • Sorrir mais, estimula o humor, ajuda na redução do stress e a libertar hormonas da felicidade.
  • Ter uma boa alimentação e adequar o sono às necessidades diárias.
  • Amar-se, pelo que que é, pelo que alcançou até hoje, perdoar os seus erros, estes serviram para lhe ensinar!

Sejam felizes!
Até breve.
Sandra Pereira

artigo escrito para: http://alma.indika.cc/reabilitar-o-amor-proprio-e-a-auto-estima/

sexta-feira, 16 de março de 2018

Empreender com Gestão Emocional

Iniciar um projecto do zero, requer ao empreendedor um conjunto de ferramentas, competências e habilidades para saber lidar com situações inusitadas. Neste grupo de mulheres: uma empreendedora tem de ser uma boa líder, gestora, estratega e motivadora para saber conduzir-se a si e aos seus colaboradores, se for este o caso.

Para além disto, tem de saber ser criativa na altura de resolver problemas, ter alguma resiliência, ser responsável, persistente e assumir compromisso consigo mesma para não desistir à primeira dificuldade que surja. Isto implica saber gerir as suas emoções.
A gestão emocional está interligada com a capacidade de auto-concentração, autocontrole, automotivação e capacidade de relacionar-se com os outros ou ser comunicativo e empático. Gestão emocional implica construir ideias e pensamentos sólidos e positivos. Implica ter capacidade de aceitação e de gratidão.

Auto-concentração
Um empreendedora concentrada, sabe gerir pensamentos negativos, treina a sua atenção e tem um foco no seu objectivo. Não se deixa influenciar por outros, caso a opinião não seja construtiva. Sabe o que quer e tem um propósito maior e quer ser bem-sucedida.

Autocontrole
Controlar ou gerir emoções e sentimentos, canalizando e ajustando às situações de forma a não desviar do seu propósito, encaminha a empreendedora para o sucesso. Isto não quer dizer que não ocorram desilusões pelo trajecto, implica uma maior capacidade de adequar as emoções e o comportamento, mediante surpresas ou descobertas que sejam feitas neste percurso.
Este controle evita que cometa erros ou desvios desnecessários, caso haja clareza naquilo que se pretenda atingir.
As emoções podem trair-nos quando somos demasiado impulsivas ou quando não temos bem a certeza do que pretendemos atingir.

Automotivação
Eu encaro sempre a motivação como parceira do Foco, estes dois em conjunto fazem maravilhas. O facto de eu precisar de um foco (no objectivo) ajuda-me a automotivar-me. Tudo o que fazemos tem de ter um propósito, nem que seja ter paz de espírito. Quanto mais se for uma empreendedora com um projecto, saber o que se quer, para que se quer e como vamos alcançar o que que queremos é um passo para haver motivação diária. Sugiro sempre que seja elaborado um plano para não fugirmos do que estabelecemos no início do projecto. Assume-se assim uma estratégia para combater estados de falta de motivação. Caso se verifique que a desmotivação permanece, é mais fácil verificar os passos definidos anteriormente e reajustá-los.

Capacidade de relacionar com os outros
É muito importante para uma empreendedora não esquecer os outros no seu percurso, afinal não vivemos sozinhas. Uma boa empreendedora precisa de clientes e colaboradores, necessita de dominar a arte da comunicação assertiva, da capacidade de ser empática e isto implica gerir para além das suas emoções, ter conhecimento ou compreender as emoções dos outros.
Se não sabem o que isto envolve, comecem por não julgar o outro, reconheçam as dificuldades que possuem e revejam as mesmas nas outras pessoas. 
“Coloquem-se no lugar do outro, sintam como se o mesmo se passasse convosco.” Este é um exercício que requer treino. Não adianta dizer sem fazer.
Sendo assim, é fundamental que a empreendedora se torne numa comunicadora de sucesso, demonstrando que é uma líder e influenciadora com uma conduta exemplar.

Aceitação e Gratidão
Por fim, quero mencionar a gratidão. Acredito que somos mais felizes não pelo que temos ou fazemos mas pelo que somos. E somos especiais porque vemos a vida de forma especial, tudo contribui para o nosso crescimento pessoal e profissional.
Porque não começar o dia por agradecer o que nos enriquece?!

Não faz de nós mais fracas e sim mais positivas. Não esquecer que ter pensamentos positivos, é meio caminho andado para não ver problemas e sim soluções para os desafios que nos surgem.


Artigo escrito para www.mulheresaobra.pt

segunda-feira, 12 de março de 2018

Como ter um Plano mantendo o Foco e Motivação

Texto dedicado ao universo feminino!

Alguma vez se sentiram com falta de motivação mal acordam e por muito esforço que façam, nada funciona? Começamos a sentir-nos pressionadas e frustradas, como se algo precioso se tivesse perdido e não conseguíssemos recuperar.

Muitas de nós já sofreram ou ainda sofrem com este problema: falta de automotivação. Pode estar associada à Motivação Interna: ao estilo de vida, aos objectivos ou à falta deles, aos nossos valores e à nossa missão de vida.
Ou pode estar relacionada com a (des)motivação no trabalho, a falta de reconhecimento ou de apoio por parte dos outros: Motivação Externa.

Seja como for, existe um equilíbrio de forças entre as duas, sendo que é muito importante a manutenção da motivação interna ou automotivação, para que o peso não sobrecarregue a exigência da motivação externa, ou seja a procura de mais apoio exterior.

A nossa automotivação depende dos nossos desejos e das nossas ambições mas não chegam, certo? Senão, andávamos todas motivadas, apenas desejando ser alguém, fazer ou ter algo.

Embora, primeiro, necessitemos de um foco, objectivo ou meta, podemos dizer que é necessário, em segundo lugar, ter um plano, ser persistente e agir.

É necessário perceber o que é que nos motiva: qual a necessidade para tomar esta ou aquela decisão, qual o propósito e qual a minha necessidade para atingir determinado fim. Quando se trata de necessidades fisiológicas, tais como comer, beber ou dormir, a motivação “está lá”, porque a necessidade nos obriga a satisfazer esse propósito.

Então, como podemos nos motivar para uma tarefa menos apelativa, mas, digamos, necessária?

Eu proponho que se coloquem questões internas, de forma a aferir a necessidade de realizar determinada tarefa:
  • Para que quero "isto"?
  • O que posso fazer para melhorar este ou aquele assunto, tarefa ou comportamento?
  • Qual a satisfação que retiro ou obtenho com este tema, tarefa ou assunto?
  • De que outra forma poderei realizar esta tarefa sem causar constrangimento?
  • Gosto do que estou a fazer? Quão motivada me sinto? O que posso mudar?
As respostas serão dadas internamente, mas ajuda muito se registarmos por escrito, até porque ajuda a perspectivar e projectar o que queremos e vamos fazer.

Depois de definir o que se pretende, podemos sempre delinear o plano: como vamos fazer ou quais os recursos que são necessários para fazer ou alcançar uma determinada meta.

Podem sempre elaborar uma lista com os recursos já existentes e aqueles que ainda são necessários para este propósito. Exemplifico:

Uma de vós quer se candidatar a um cargo novo, ou lançar-se num projecto. O que é que já possuem a vosso favor? Por exemplo: Um curso específico, dinheiro para investir, ajuda financeira, conhecimentos ou experiência sobre determinado tema.


O que é que necessitam ou o que é que falta fazer para esse propósito? Melhorar o currículo, contactar pessoas influentes e do vosso círculo de contactos, por exemplo.

Depois disto, podem sempre calendarizar, mas, definitivamente, devem autopropor um tempo estimado para atingir as vossas metas. As metas podem ser estimadas em semanas, meses ou anos. Depende da sensibilidade de cada uma de vós para empreender nesta fase.

Existem algumas coisas importantes que contribuem para elevarmos e mantermos a nossa motivação.

  • Melhorem as vossas competências.
  • Validem os vossos valores e vivam em coerência com os mesmos.
  • Sejam ambiciosas mas não obcecadas com algo que não é frutífero.
  • Solicitem feedback daqueles em quem podem confiar. Não se isolem.
  • Foquem-se na solução, treinem pensamentos positivos, as coisas irão começar a acontecer.
  • Mantenham relações saudáveis.
  • Validem a vossa satisfação final.
Artigo escrito para www.mulheresaobra.pt