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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Entrevista acerca do meu livro: Contos Metafóricos

Na ponta dos dedos com... Sandra Pereira

Sandra Pereira (1980), nasceu no Barreiro, Portugal. Viveu a sua infância e adolescência em Maputo.
Regressou a Portugal com 18 anos, para se licenciar em Arquitectura em 2007.
Começou a escrever aos 13 anos e escreveu a sua primeira obra de poesia aos 19 anos.
Trabalhou alguns anos como Gestora Comercial e Responsável Administrativa na área comercial onde acabou por se interessar e desenvolver o relacionamento interpessoal.
Hoje, com conhecimentos e competências, exerce funções como Life Coach e Formadora de Gestão Emocional, com valência em PNL.
Com uma paixão pela cozinha, é, também, Blogger de Especiarias e Receitas Criativas e organiza, pontualmente, eventos gastronómicos.
“Contos Metafóricos” é a primeira obra publicada da autora, sendo que o objectivo desta, é poder ajudar no desenvolvimento pessoal de jovens e adultos, através da leitura interpretada de metáforas.
Fonte: Sandra Pereira


Olá Sandra, é um gosto poder conhecê-la melhor e apresentá-la aos seguidores deste espaço, para começar: Como que é que a Sandra se iniciou na escrita? Comecei a escrever aos dez anos, nomeadamente poesia e fui desenvolvendo este gosto até aos dezoito anos, quando resolvi registar a minha primeira obra literária de poesia no IGAC. Também tenho um blogue orientado para a escrita http://o-largo-da-poesia.blogspot.com/

Qual o sentimento que a domina quando escreve? Quem escreve com paixão acaba por entrar numa espécie de transe emocional, parece que nada se passa ao meu redor. E posso trabalhar a minha criatividade que necessita de constante incentivo.

O que é que a escrita mudou em si, enquanto pessoa? A escrita é terapêutica, acalma-me, tranquiliza-me e ajuda no meu autoconhecimento: Sempre.

E enquanto escritora, o que tem aprendido? Primeiro, aprendo mais sobre mim. Se escutar uma história de outra pessoa, e se escrever sobre a mesma, acabo por perceber melhor a outra pessoa porque vou refletir sobre esta.

Tem algum ritual de escrita? Por vezes um copo de vinho ou um CD de música Jazz ajuda no relaxamento inicial.

Como definiria esta arte na sua vida? Imprescindível. Não passo a vida a escrever, existem momentos sábios onde a minha intuição me guia, orientando neste sentido.

A escrita é para si, uma necessidade ou um passatempo? Necessidade, uma vez que se torna terapêutica.

O seu primeiro livro publicado chama-se “Contos Metafóricos”. Pode falar-nos um pouco dele? Sim, é um livro de contos ou pequenas histórias onde a ferramenta que utilizo é a metáfora e o propósito é que se possa retirar uma lição emocional que visa modificar o pensamento e comportamento humano do leitor. Eu sei que é mais fácil aprender com uma metáfora, o nosso inconsciente está mais preparado para absorver uma mensagem subliminar do que o nosso consciente estará apto para entender uma mensagem mais direta que por vezes até pode ser considerada “ofensiva”.

Como surgiram as ideias para compor um livro com uma temática tão diferente do habitual? Fui eu que comecei a transcrever as minhas aprendizagens pessoais e não só, acabei por influenciar outros com a escrita e a minha ambição cresceu com base nesse feedback positivo que obtive. Apesar de ter escrito poesia maioritariamente ao longo dos meus anos de vida, fui alternando para prosa e crónicas quando a vontade o exigia, de modo que escrever contos foi muito pacífico para mim.

A sua escrita é ficcional ou tem conotação pessoal? Tem conotação pessoal, seja minha, seja de quem me inspirou a escrever.

Como vive o contato com o público? Considero-me comunicativa e expressiva, por isso não me aflijo com a exposição. No entanto ainda estou a começar nesta aventura e não tenho uma grande experiência, nesta área. Já trabalho na área comercial há uns anos e a minha relação interpessoal foi-se desenvolvendo neste sentido.

Gosta de ler? Considera importante ler para se escrever bem? Adoro ler, é outra forma de obter tranquilidade e ser criativa, uma vez que uso a imaginação para “visualizar” o que leio.

Como encara o processo de edição em Portugal? Moroso e muito selectivo. Mas a culpa não recai no processo de edição em si, uma vez que cada vez há mais escritores por via das edições de autor, havendo, muitas vezes, pouca qualidade e cuidado na escrita de quem pode pagar pela edição, não tendo talento algum.

Acha que os jovens dão importância à Literatura nos dias atuais? Creio que quanto mais meios de distração tecnológica existirem, menos procura há pela leitura, por parte deste nicho de mercado.

Além da escrita, que outras paixões, nutre que a completam enquanto pessoa? Coaching; Cozinha; Jardinagem; Leitura; Dança; Viajar; para além do habitual convívio com os mais queridos.

Quais os temas que gosta de abordar quando escreve? Auto-coaching, essencialmente. Por outras palavras, tudo o que invoque o autoconhecimento ou desenvolvimento pessoal. Dedico-me à escrita de artigos sobre temas neste âmbito e acabo sempre por expressar-me de forma pessoal.

Se só pudesse ler apenas um único livro para o resto da tua vida, qual seria o “privilegiado”? “A casa do Sono” de Jonathan Coe

Quais as suas perspetivas para o seu futuro enquanto autora?  Pretendo investir noutra obra, sem definição ainda, poderá ser um livro de auto-ajuda dentro destes moldes, através de contos ou mesmo testemunhos.

Pensa em publicar novamente depois deste seu primeiro livro? Para já ainda não coloquei essa “panela ao lume”. Estou a juntar os ingredientes, primeiro.

Imagine a sua vida sem a escrita, como seria? Não posso fazer tal coisa, é uma das minhas essências como pessoa. Talvez por ter começado a escrever tão cedo.

Apenas numa palavra, descreva-se: Positiva




Sinopse
A utilização da metáfora serve o propósito de apelar à tomada de consciência e ao crescimento interior.
Este livro de contos metafóricos, abordam várias temáticas entrelaçadas nos seus variados personagens inusitados.
O enredo de cada conto estimula a imaginação do leitor, que poderá viajar e visualizar cada cenário, pensando naquilo que se esconde em cada contexto. No final pode questionar: qual a lição desta história?
Os contos baseiam-se em realidades imaginárias, mas facilmente transportadas para a nossa realidade.
É um livro que pode ser útil a terapeutas, professores, educadores e pais. Sobretudo foi escrito a pensar no desenvolvimento pessoal e emocional de jovens e adultos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

domingo, 26 de agosto de 2018

Do querer dar ao saber Partilhar nas relações

Novo Artigo na Revista Digital PROGREDIR.

http://www.revistaprogredir.com/blog-artigos-revista-progredir/do-querer-dar-ao-saber-partilhar-nas-relacoes

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Criar e manter relações é o desafio do Homem como um ser social no seu íntimo desejo de ser sociável. A forma como se conecta, comunica e partilha, é um desafio que ainda está longe de se conseguir compreender e mudar. Por Sandra Lima Pereira

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)

Um relacionamento depende essencialmente da boa comunicação entre os intervenientes e da capacidade de partilhar sonhos, pensamentos, emoções, desafios e até mesmo necessidades pessoais.
Entenda-se por relacionamento: todo e qualquer tipo de vínculo com colegas, amigos, conhecidos, familiares e parceiros amorosos.

Seja qual for o tipo de relação, o sucesso desta, está no equilíbrio e na gestão dos comportamentos que são tomados em respeito e consideração pelo outro. É importante ter em conta que quando um não se dispõe a contribuir e partilhar, o outro não pode compensar pela falta deste, logo a relação “a dois” não se sustenta, a não ser que haja cedência massiva por parte de um dos elementos, criando desarmonia neste laço.

Tendo em consideração a individualidade e personalidade de cada pessoa, uma relação a dois, só se orquestra quando há uma intenção em comum por parte de cada elemento: o bem-estar de ambos. Seja qual for a intenção, não podemos julgar a qualidade nem o motivo da mesma.

Este bem-estar envolve a tal boa comunicação, a necessidade de agradar, de ser compreendido, reconhecido e amado. É fácil afirmar, contudo, não se consegue receber algo, sem se dar, primeiro ou partilhar.

Partilhar pode começar por se dizer primeiro o que se quer e o que se sente ou ninguém vai compreender. Partilhar não se restringe ao mundo material. Partilhar pode simbolizar a capacidade de se ser flexível, recetivo, saber escutar, criar empatia pelo outro. O maior mal deste século é a solidão, justamente porque o ser humano não aprendeu a partilhar, a compreender, a criar empatia, logo criam-se seres isolados da restante humanidade. Por sua vez, cada vez menos compreendidos por não se terem questionado primeiro: o que pretendo receber se não aprendi a partilhar? Esta questão elimina toda a toxicidade mental que nos afasta do resto do mundo.

Diria que a partilha se alimenta da confiança, capacidade empática, disponibilidade e de uma comunicação eficaz.

Analisando por partes: a confiança depende primeiro da autoconfiança. Dificilmente se confia nos outros se não se confiar em si mesmo. Isto vale para o amor: não se pode amar ou aprender a amar os outros sem se amar a si próprio. O primeiro amor tem de ser o amor-próprio assim como a primeira confiança tem de ser a autoconfiança. Entenda-se que o primeiro desafio para nos sabermos relacionar com os outros, é saber como nos relacionamos connosco. Como vivemos sozinhos, como nos compreendemos, como gerimos as nossas emoções e pensamentos, como obtemos prazer pessoal? Sabemos, de facto, viver sozinhos? Confiamos nas nossas ações? Poderemos assim, saber confiar nos outros?

Esta introspeção pode ser útil para sossegar dúvidas existenciais.

A empatia gera-se naturalmente ou não. Quando duas pessoas optam por conviver de forma voluntária, já existe uma “química” ou predisposição em comum, seja ela por interesse mútuo ou não. O que pode providenciar o bom relacionamento é capacidade de se colocarem no lugar do outro, ignorando interesses pessoais, considerados como sendo egoístas.

Poderá ajudar, ao questionar internamente: conseguimos sentir a dor, emoções do outro?
A disponibilidade pode ser entendida de duas maneiras: é o tempo físico que se dispõe para o outro e pode ser, também, o espaço mental que se disponibiliza para “abraçar” as preocupações, desejos e necessidades do outro. Teremos nós capacidade de gerir o nosso tempo e espaço para o outro?

A boa comunicação ou comunicação eficaz, começa, sobretudo, por se saber cultivar uma higiene mental sadia com pensamentos positivos e depois construir e adequar os próprios comportamentos numa relação. Uma comunicação eficaz é saber escutar antes de falar. Conseguiremos escutar mais ao invés de ouvir, apenas?

Ao interpretarmos as nossas intenções, juntamente com a nossa vontade de nos relacionarmos com A, B ou C, poderemos chegar a um equilíbrio interno de satisfação pessoal que irá com toda a certeza passar para o outro lado, evocando, quiçá a mesma vontade e a mesma intenção.

Chama-se partilha a tudo o que quisermos dar sem esperar nada em troca, este é um exercício de elevada dificuldade, mas quando bem executado, trará compensações muito acima do expectável como seres humanos, diria mesmo que a recompensa é mais espiritual.
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SANDRA LIMA PEREIRA
LIFE COACH, FORMADORA DE GESTÃO EMOCIONAL, ESCRITORA
sandrapereiracoaching.blogspot.com
www.facebook.com/semearatitudepositiva
sassacoaching@gmail.com

in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)