Lembro-me de participar em dinâmicas de grupo em formações anteriores e uma das perguntas chave acerca de cada participante é: "diz-me uma qualidade e um defeito teu?"
E como qualquer ser pensante, tenho tendência em apontar mais facilmente uma qualidade ou várias, defeitos é mais difícil, pois é maior a dificuldade na assunção dos defeitos perante estranhos. Normalmente não gostamos de nós apresentar pela negativa, aos nossos pares, sejam colegas de trabalho, de turma, etc.
Não quer dizer, no meu caso, que não os conheça, (os defeitos), até os nomeio, bem demais, mas é no meu íntimo e não o exteriorizo abertamente a não ser que seja necessário.
Agora é preciso explicar o seguinte, e pode ser que esta pequena abordagem, possa ajudar a elucidar: para cada defeito/fragilidade, existe um recurso nosso, que pode moldar ou auxiliar na gestão do mesmo.
Eu aceito bem os meus defeitos, chamo a isto parte integrante do meu amor próprio, contudo não aceito a definição sine quan non de que nada há a fazer com isso.
Vou exemplificar, mencionando situações e decisões pessoais:
Para impaciência: meditação contemplativa, respiração diafragmática.
Para autocrítica: valorização do meu amor próprio com diálogo interno, reflexão sobre as conquistas passadas.
Para exigência excessiva: visualizar o futuro ou retrospectiva de sucessos passados.
Para raiva/revolta/frustração: ouvir música/dançar
Para a tristeza: aceitação do que me faz sentir desta forma e agradeço o crescimento que surja a partir daqui.
Ansiedade/pensamento acelerado: série de respiração abdominal; escrever; conversar com alguém se for possível; fazer uma caminhada.
Para outras fragilidades/defeitos/situações de conflito, existem em nós ou em pessoas próximas, soluções para gerir o que não nos favorece.
Por outro lado é importante vivenciar o que nos perturba pois é uma fonte de crescimento pessoal. A tomada de consciência será sempre o primeiro passo, e por ser tão difícil de o fazer, acaba por se tornar no passo mais importante.
Passo a passo, chegamos lá!