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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Como espelhamos a nossa mente?

Será possível que aquilo que me incomoda no outro, é exatamente o que me incomoda em mim, sem que eu tenha essa consciência?

Por exemplo: quando observamos um determinado comportamento que nos cria revolta ou desgosto, possivelmente estamos perante um reflexo nosso ou de alguém que nos é ou foi importante. Esta é a chamada, “Lei do Espelho” ou Espelhamento: reflete atitudes, comportamentos ou características que residem no nosso interior e que acabamos por ver “espelhadas” nos outros.

Portanto, sim é possível, o exterior atua como um espelho na nossa mente, onde para além dos defeitos, também é possível “ver” as qualidades e virtudes da nossa essência. Quando isto acontece, ou nos aproximamos dos outros por similaridade aparente ou nos afastamos pelas diferenças ou incoerências encontradas.

O “defeito” que revemos está no exterior ou em nós mesmos?

A lei do espelho define que o nosso inconsciente nos faz pensar que o defeito identificado no outro, existe apenas no exterior e não em nós, devido à própria projeção psicológica que realizamos nesse momento. A projeção psicológica é um mecanismo de defesa: atribuímos aos outros, os nossos sentimentos, pensamentos, crenças ou até mesmo ações próprias que são inaceitáveis para nós.

A não perceção e a não-aceitação deste fato, gera conflito e alguma incoerência e portanto para a maioria de nós nunca se torna visível ou consciente este ato em si: esta projeção atua durante momentos onde nos sentimos mais ameaçados fisicamente e emocionalmente e portanto ativa o sistema de rejeição para nos afastar da aparente ameaça.

Como estas projeções podem ser negativas ou positivas, podemos construir um mundo com as nossas características pessoais, boas e más, um bom exemplo é quando nos sentimos apaixonados e atribuímos à pessoa que nos interessa, certas características que nos pertencem. Este é um otimo reflexo ilusório, que ocorre numa fase de conhecimento e reconhecimento precoce numa relação.

Ampliar a nossa consciência e felicidade

Tomar consciência daquilo que projetamos nos outros, permite maior autodescoberta e autoconhecimento: quem somos nós de verdade?

Assim teremos mais controle e posicionamento face à gestão das nossas ações e emoções. Permite também fazer mudanças, tomar decisões mais assertivas.

A lei do espelho permite apreender, utilizando a nossa inteligência emocional: que tudo o que me agrada ou incomoda no outro, está em nós e não nos outros, é o nosso “coração” que está ferido ou magoado, é a nossa mente emocional que carece dessa atenção e cuidado.

Vamos à Pratica…

 

Escolham uma pessoa com quem têm um conflito, alguém que vos tenha feito sentir algum aborrecimento ou ofensa.

Agora escrevam num papel uma lista de agradecimento, sem julgamento: “sou grato a X, por ter feito Y, etc.”

Em seguida leiam em vós alta ou visualizem a lista, ponto por ponto. O que sentem com este gesto?

Propósito: com certeza que existem coisas positivas a agradecer, este ato insurge em nós em forma de gratidão. A gratidão é a melhor forma de receber, dando ou oferecendo amor a alguém ou por algo que nos aconteceu no passado. Este exercício exige capacidade de autoperdoar e de o fazer com humildade.

A próxima vez que se cruzarem com a pessoa ou pessoas em quem pensaram, será um contato diferente pois a mudança já ocorreu no vosso interior.

O resultado geralmente é surpreendente!

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Aprender a arte do desapego.

Desapegar é libertar-se das âncoras materiais e emocionais, muito entendido pelo público em geral como desinteresse ou mesmo: egoísmo!
Só que... Não.
Sabem aquela sensação de que quando "desistimos de insistir" soa a fraqueza? É quase surreal mas a verdade é que deixar de insistir em fazer ou estar sujeito a situações tóxicas, significa ter: coragem para seguir em frente. 
Não devemos sujeitar a nossa mente e corpo a algo que nos aflige, que nos bloqueia, que não impulsiona a nossa ação em direção aos nossos objetivos.
Portanto este desapego por aquilo que não queremos, para nós, parte de uma tomada de decisão após abrirmos a nossa consciência no presente, no agora!
Esta liberdade emocional preenche-nos com mais honestidade pelos nossos valores e necessidades, permite um maior crescimento interior para atingir outro nível de equilíbrio.
Em suma, desapegar é fazer uma escolha consciente daquilo que se pretende, seja boa ou má para quem nos rodeia.
O objetivo não é ferir o outro, é escolher- me e colocar-me em primeiro lugar.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Desenvolver a Resiliência...

O que é resiliência?

O termo resiliência originalmente é um conceito da física e se refere à propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.

A psicologia adotou este termo para se referir à capacidade que as pessoas têm de se adaptarem às dificuldades, traumas, ameaças, tragédias ou fontes de stress.

Tais como problemas familiares e de relacionamentos, problemas relacionados à saúde, ou variados tipos de stressores financeiros, ou profissionais: significa restauro.

No entanto, ser resiliente não significa que não se tenha de lidar com emoções negativas tais como a raiva, medo, angústia ou tristeza. A dor e a tristeza emocional são comuns em pessoas que sofreram grandes adversidades ou traumas na vida. É muito provável que o caminho da resiliência envolva considerável sofrimento emocional, equivalente ao seu crescimento pessoal.

 

O mais importante é que a resiliência não é uma característica determinante, ou seja, que as pessoas tenham ou não:a capacidade de resiliência, envolve comportamentos, pensamentos e ações que podem ser apreendidas, treinadas e desenvolvidas por qualquer pessoa.

 

Pessoas resilientes estão mais aptas para confiar em si mesmas, nas suas capacidades de conduzir e enfrentar os desafios que a vida impõe. Sendo assim, os indivíduos mais resilientes tendem a ser mais proativos e estão mais capacitados a trabalharem mais arduamente para evitar que certos problemas ocorram.