Viver as nossas emoções é lidar com uma espécie de combustível
interno que exercita mente e corpo em simultâneo. Se a emoção é boa, o nosso
estado é naturalmente excitado por bons sentimentos e motivação. Libertam-se
endorfinas, aumentando a autoestima imunitária.
Quando lidamos com uma emoção menos boa e, também, muito
intensa, torna-se difícil expressá-la e regulá-la até que nos sintamos bem,
novamente. Estas dificuldades vibram no plano fisiológico, pois a carga
emocional torna-se pesada mentalmente e é somatizada no plano físico.
Se aprendermos a gerir estas alterações entre estados
bipolarizados, conseguimos viver bem. Todos nós sofremos alterações entre
estados de espírito ao longo da vida, o sucesso está no equilíbrio entre os
dois.
Contudo, existem pessoas incapazes de expressar o que
sentem, aos olhos e sentidos dos outros, estas pessoas parecem viver na
ausência de empatia e expressão emocional e são catalogadas de “frias e
distantes”. Na realidade, são pessoas como as outras, e sentem na mesma medida.
Não conseguem é identificar e explicar, está claro – esta dificuldade é chamada
de alexitimia.
Na Alexitimia, existe uma incapacidade de reconhecer as
sensações corporais relacionadas com as emoções. Desta forma, é muito comum
pessoas que têm este problema associarem essas sensações a sintomas físicos.
Por exemplo, perante uma determinada emoção, a pessoa sente uma dor de cabeça,
a qual associa a condições do ambiente exterior. Assim, a necessidade de
regular emoções fica por satisfazer, visto que esta regulação só pode ser feita
quando conseguimos identificar o que sentimos.
O papel fulcral que as emoções têm nas nossas vidas: é
através delas que percebemos as nossas necessidades e que nos orientamos rumo à
nossa proteção e bem-estar, podemos sentir e perceber o impacto negativo que a
alexitimia acarreta para quem dela padece.
Em primeiro plano – as resoluções dos problemas do
quotidiano podem ser prejudicadas, visto que, não reconhecendo emoções, as
decisões são feitas com base numa avaliação única e exclusivamente lógica e
racional. São as emoções que nos permitem identificar um problema e, por
conseguinte, resolvê-lo.
Em segundo plano, não sendo capazes de reconhecer emoções em
nós próprios, como o conseguiremos fazer com os outros? Alguém com um problema
de alexitimia dificilmente sentirá empatia e muito menos conseguirá
expressá-la, sendo, assim, muito difícil pedir ou dar apoio ao outro. Então, as
relações com os outros podem ficar comprometidas, gerando problemas de
comunicação e inúmeros conflitos.
Por fim e em consequência do segundo plano, estas pessoas
acabam por viver mais isoladas, distanciando-se dos outros, o que fomenta ainda
mais as suas dificuldades no reconhecimento e expressão das emoções.
A empatia por sua vez é a capacidade inata que certas
pessoas têm de sentir e entender os outros, tal como se conseguissem colocar no
lugar desses.
Têm uma força emocional superior aos demais, sentindo e
comunicando mais assertivamente. Não querendo transmitir a ideia, os mais
empáticos são mais sensíveis, mas não são mais frágeis. Constituem em si mesmo
uma melhor inteligência emocional o que reflete a sua capacidade comunicativa,
resolução de problemas e conflitos e procurando o melhor resultado para todos,
não preterindo ninguém em prol de si mesmos.
Em suma, sendo um individuo mais empático ou não, as emoções
não são fáceis de reconhecer, gerir e satisfazer. Embora todas as emoções possuam
o seu “rótulo”, cabe a cada individuo usar as suas emoções para proveito e
usufruto próprio. Somos todos possuidores de um motor único que poderá
funcionar com mais ou menos emoções para situações vividas.
A vida é uma viagem repleta de aprendizagem racional e
emocional, de memórias, de ligações sociais, de crescimento e desenvolvimento
pessoal.
O Equilíbrio reside nas escolhas que fazemos com base no que
sentimos e decidimos para nosso sucesso. As emoções podem e devem ajudar neste equilíbrio.
Nós somos a nossa essência e não aquilo que sentimos, o que
pensamos ou da forma como nos comportamos.
Sejam Felizes.
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